terça-feira, 22 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
O ÉBRIO
Ébrio habitual
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O ébrio habitual é aquele que consome, diaria e imoderadamente, bebida alcoólica, incapacitando-se para externar, conscientemente, a sua vontade.
A embriaguez, em decorrência da qual surge a incapacidade parcial, deve revelar o descontrole no consumo de álcool, suficientes para identificar a pessoa como ébrio habitual. Diz-se que se conhece popularmente o ébrio habitual, em face ao fato de que ele externa publicamente a sua condição de dependente de substância alcoólica. Não consegue discernir o certo do errado em estado de embriaguez.
O Código Civil Brasileiro em seu Art. 4º, inciso II, aponta o ébrio habitual como relativamente incapaz a certos atos da vida.
O Ébrio é uma telenovela brasileira que foi produzida e exibida pela Rede Globo entre 8 de novembro de 1965 à 18 de fevereiro de 1966. Foi a primeira de seu gênero a ser exibida diariamente pela emissora no horário das oito. Foi escrita e dirigida por José Castellar e Heloísa Castellar, a produção, inspirada na canção homônima de Vicente Celestino, teve 75 capítulos e, em seu primeiro capítulo, chegou a contar com uma participação do cantor[1].
Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
[editar]Enredo
Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
O Ébrio conta a história de Gilberto, um homem que, após ser enganado por seus parentes e amigos e traído pela esposa, é dado como morto em razão de seu severo alcoolismo. Uma troca de identidade lhe confere a alcunha de "O Ébrio", pela qual passa a ser conhecido [1].
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O protagonista foi interpretado por Ricardo Nóvoa, e telenovela contou ainda com os seguintes atores:
Ator | Personagem |
Marieta | |
Francisca | |
Adélia | |
Coronel Romualdo | |
Medeiros |
A História de AA - Seu nascimento e desenvolvimento
Alcoólicos Anônimos iniciou-se em 1935, em Akron, Ohio, com o encontro de Bill W., um corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e o Dr. Bob, um cirurgião de Akron. Ambos haviam sido alcoólicos desenganados.
Antes de se conhecerem, Bill e o Dr. Bob tinham tido contato com o Grupo Oxford, uma sociedade composta, em sua maior parte, por pessoas não alcoólicas, que defendia a aplicação de valores espirituais universais na vida diária. Naquela época, os Grupos Oxford da América eram dirigidos pelo renomado clérigo episcopal Dr. Samuel Shoemaker. Sob sua influência espiritual, e com a ajuda de seu velho amigo, Ebby T., Bill havia conseguido sua sobriedade e vinha mantendo sua recuperação trabalhando com outros alcoólicos, apesar do fato de que nenhum de seus "candidatos" haver se recuperado. Entretanto, o fato de ser membro do Grupo Oxford não havia oferecido ao Dr. Bob a suficiente ajuda para alcançar a sobriedade.
Quando finalmente o Dr. Bob e Bill se conheceram, o encontro produziu no Dr. Bob um efeito imediato. Desta vez encontrava-se cara a cara com um companheiro alcoólico que havia conseguido deixar de beber. Bill insistia que o alcoolismo era uma doença da mente, das emoções e do corpo. Esse importantíssimo fato fora-lhe comunicado pelo Dr. William D. Silkworth, do Hospital Towns, de Nova Iorque, instituição em que Bill fora internado várias vezes. Apesar de médico, o Dr. Bob não tivera conhecimento de que o alcoolismo era uma doença. Bob acabou convencido pelas idéias contundentes de Bill e logo alcançou sua sobriedade, e nunca mais voltou a beber.
Ambos começaram a trabalhar imediatamente com os alcoólicos internados no Hospital Municipal de Akron. Como conseqüência de seus esforços, logo um paciente alcançou sua sobriedade. Apesar de ainda não existir o nome Alcoólicos Anônimos, esses três homens constituíram o núcleo do primeiro Grupo de A.A. No outono de 1935, o segundo Grupo foi tomando forma gradualmente em Nova Iorque. O terceiro Grupo iniciou-se em Cleveland, em 1939. Havia-se gasto mais de quatro anos para conseguir 100 alcoólicos sóbrios, nos três Grupos iniciais.
Em princípio de 1939, a Irmandade publicou seu livro de texto básico, Alcoólicos Anônimos. Nesse livro, escrito por Bill, expunha-se a filosofia e os métodos de A.A., a essência dos quais se encontram agora nos bem conhecidos Doze Passos de recuperação. A partir daí, A.A. desenvolveu-se rapidamente.
Também em 1939, o Cleveland Plain Dealer publicou uma série de artigos sobre Alcoólicos Anônimos, seguida por alguns editoriais muito favoráveis. O Grupo de Cleveland, composto por uns 20 membros, logo se viu inundado por incontáveis pedidos de ajuda. Os alcoólicos que chegavam, logo após algumas semanas de sobriedade, eram encarregados de trabalhar com os novos casos. Com isso, deu-se ao movimento uma nova orientação, e os resultados foram fantásticos. Passados poucos meses, o número de membros de Cleveland havia crescido para 500. Pela primeira vez havia evidência de que a sobriedade poderia multiplicar-se, em massa.
Enquanto isso, o Dr. Bob e Bill haviam estabelecido em Nova Iorque, em 1939, uma Junta de Custódios para ocupar-se da administração geral da Irmandade recém-nascida. Alguns amigos de John Rockefeller, Jr. integravam esse conselho, junto com alguns membros de A.A. Deu-se à Junta o nome de Fundação Alcoólica. No entanto, todas as tentativas de se conseguir grandes quantias de dinheiro fracassaram porque o Sr. Rockfeller havia chegado à conclusão prudente de que grandes somas poderiam atrapalhar a nascente Irmandade. Apesar disso, a Fundação conseguiu abrir um pequeno escritório em Nova Iorque, para responder aos pedidos de ajuda e de informações e para distribuir o livro de A.A., um empreendimento, diga-se de passagem, que havia sido financiado principalmente pelos membros de A.A.
O livro e o novo escritório logo se revelaram de grande utilidade. No outono de 1939, a revista Liberty publicou um artigo sobre Alcoólicos Anônimos e, como conseqüência, logo chegaram ao escritório cerca de 800 urgentes pedidos de ajuda. Em 1940, o Sr. Rockfeller organizou um jantar, para dar divulgação à A.A., ao qual convidou muitos de seus eminentes amigos nova-iorquinos. Esse acontecimento suscitou outra onda de pedidos. Cada pedido era respondido com uma carta pessoal e um pequeno folheto. Além disso, fazia-se menção ao livro Alcoólicos Anônimos e logo começou-se a distribuir numerosos exemplares do livro. Ao final do ano, A.A. já tinha 2.000 membros.
Apareceu então, em março de 1941, no Saturday Evening Post, um excelente artigo sobre Alcoólicos Anônimos e a reação foi tremenda. No final daquele ano o número de membros subira a 6.000 e o número de Grupos multiplicara-se proporcionalmente. A Irmandade crescia a passos gigantescos por todas as partes dos EUA/Canadá.
Em 1950, havia no mundo inteiro perto de 100 mil alcoólicos em recuperação. Por mais impressionante que tenha sido esse desenvolvimento, a década de 1940 a 1950 foi de grande incerteza. A questão crucial era se todos aqueles alcoólicos volúveis poderiam viver e trabalhar juntos em seus Grupos. Poderiam manter-se unidos e funcionar com eficácia? Esta pergunta ainda pairava sem resposta. Manter correspondência com milhares de Grupos relativamente a seus problemas particulares chegou a ser um dos principais trabalhos do escritório de Nova Iorque.
Não obstante, no início de 1946, já era possível tirar algumas conclusões bem razoáveis sobre as atitudes, costumes e funções que se ajustariam melhor aos objetivos de A.A. Esses princípios, que haviam surgido a partir das árduas experiências dos Grupos, foram codificadas por Bill, sendo hoje conhecidos pelo nome de As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos. Em 1950, o caos dos anos anteriores quase havia desaparecido. Havia-se conseguido enunciar e por em prática, com êxito, uma fórmula segura para a unidade e o funcionamento de A.A. (Ver a Estrutura de Serviços Gerais dos EUA/Canadá)
Durante essa frenética década, o Dr. Bob dedicava seus esforços ao assunto da hospitalização dos alcoólicos e à tarefa de incutir-lhes os princípios de A.A. Os alcoólicos chegavam em grande número a Akron para obter cuidados médicos no Hospital Saint Thomas, uma instituição administrada pela Igreja Católica. O Dr. Bob se integrou ao corpo médico desse hospital e ele e a irmã Ignatia, também do pessoal do hospital, prestaram cuidados médicos e indicaram o programa a cerca de 5.000 alcoólicos internados. Após a morte do Dr. Bob, em 1950, a irmã Ignatia seguiu trabalhando no Hospital da Caridade, em Cleveland, onde contava com a ajuda dos Grupos de A.A. locais e onde outros 10.000 alcoólicos internados encontraram Alcoólicos Anônimos pela primeira vez. Esse trabalho foi um grande exemplo de boa vontade, que permitiu comprovar que A.A. cooperava eficazmente com a medicina e a religião.
Naquele ano, Alcoólicos Anônimos realizou em Cleveland sua primeira Convenção Internacional. Nessa Convenção o Dr. Bob fez seu último ato perante a Irmandade e, em sua fala de despedida, se deteve na necessidade de se manter simples o programa de A.A. Junto com os outros participantes, ele viu os Delegados aprovarem entusiasmados As Doze Tradições de A.A., para uso permanente da Irmandade em todo o mundo. Faleceu em 16 de novembro de 1950.
No ano seguinte, ocorreu outro acontecimento muito significativo. As atividades do escritório de Nova York haviam sido grandemente ampliadas e passaram a incluir trabalhos de relações públicas, conselhos aos novos Grupos, serviços em hospitais, nas prisões, junto aos Internacionalistas e Solitários e cooperação com outras agências no campo do alcoolismo. O escritório também publicou livros e folhetos "padrão" de A.A. e supervisionava a tradução dessas publicações para outros idiomas. Nossa revista internacional, A.A. Grapevine, já tinha uma grande circulação. Essas atividades, e outras mais, se tornaram indispensáveis para A.A. em sua totalidade.
Não obstante, esses serviços vitais estavam ainda em mãos de uma isolada Junta de Custódios, cujo único vínculo com a Irmandade havia sido Bill e o Dr. Bob. Como os co-fundadores haviam prevista alguns anos atrás, era imperativo vincular os Custódios dos Serviços Mundiais de A.A. (hoje a Junta de Serviços Gerais de A.A.) à Irmandade a qual serviam. Para isso, convocou-se uma reunião de Delegados de todos os estados e províncias dos EUA/Canadá. Assim constituído, esse organismo de serviços mundiais se reuniu pela primeira vez em 1951. Apesar de certa apreensão suscitada pela proposta, a assembléia teve grande êxito. Pela primeira vez, os Custódios, anteriormente isolados, eram diretamente responsáveis perante A.A. na sua totalidade. Havia-se criado a Conferência de Serviços Gerais de A.A. e dessa maneira assegurado o funcionamento global de A.A. para o futuro.
A segunda Convenção Internacional teve lugar em Saint Louis, em 1955, comemorando os 20 anos da Irmandade. Naquela época, a Conferência de Serviços Gerais já havia demonstrado seu real valor. Nessa ocasião, em nome de todos os pioneiros de A.A., Bill transferiu à Conferência e a seus Custódios a futura vigilância e proteção de A.A. Nesse momento a Irmandade tomou posse daquilo que era seu: Alcoólicos Anônimos atingiu sua maioridade.
Se não fosse pela ajuda dos amigos de A.A. nos seus primeiros dias, é provável que Alcoólicos Anônimos nunca tivesse existido. E se não contasse com a multidão de amigos que, desde então, têm contribuído com seu tempo e sua energia - especialmente nossos amigos da medicina, da religião e dos meios de comunicações - A.A. nunca poderia ter crescido e prosperado. A Irmandade expressa sua perene gratidão pela amistosa ajuda.
No dia 24 de janeiro de 1971, Bill faleceu de pneumonia em Miami Beach, Flórida, onde - havia sete meses - pronunciara diante da Convenção Internacional do 35º aniversário suas últimas palavras aos companheiros de A.A.: "Deus os bendiga, a vocês e a Alcoólicos Anônimos, para sempre."
Desde então A.A. se tornou uma Irmandade mundial, demonstrando que a maneira de viver de A.A. hoje pode superar quase todas as barreiras de raça, de credo e de idioma. A Reunião de Serviço Mundial, realizada pela primeira vez em 1969, vem ocorrendo a cada dois anos desde 1972, alternando sua sede entre Nova Iorque e uma cidade de outro pais. Os Delegados à RSM reuniram-se em Londres (Inglaterra); Helsinki (Finlândia); San Juan del Rio (México); Guatemala (Guatemala); Munique (Alemanha) e Cartagena (Colômbia).
Antes de se conhecerem, Bill e o Dr. Bob tinham tido contato com o Grupo Oxford, uma sociedade composta, em sua maior parte, por pessoas não alcoólicas, que defendia a aplicação de valores espirituais universais na vida diária. Naquela época, os Grupos Oxford da América eram dirigidos pelo renomado clérigo episcopal Dr. Samuel Shoemaker. Sob sua influência espiritual, e com a ajuda de seu velho amigo, Ebby T., Bill havia conseguido sua sobriedade e vinha mantendo sua recuperação trabalhando com outros alcoólicos, apesar do fato de que nenhum de seus "candidatos" haver se recuperado. Entretanto, o fato de ser membro do Grupo Oxford não havia oferecido ao Dr. Bob a suficiente ajuda para alcançar a sobriedade.
Quando finalmente o Dr. Bob e Bill se conheceram, o encontro produziu no Dr. Bob um efeito imediato. Desta vez encontrava-se cara a cara com um companheiro alcoólico que havia conseguido deixar de beber. Bill insistia que o alcoolismo era uma doença da mente, das emoções e do corpo. Esse importantíssimo fato fora-lhe comunicado pelo Dr. William D. Silkworth, do Hospital Towns, de Nova Iorque, instituição em que Bill fora internado várias vezes. Apesar de médico, o Dr. Bob não tivera conhecimento de que o alcoolismo era uma doença. Bob acabou convencido pelas idéias contundentes de Bill e logo alcançou sua sobriedade, e nunca mais voltou a beber.
Ambos começaram a trabalhar imediatamente com os alcoólicos internados no Hospital Municipal de Akron. Como conseqüência de seus esforços, logo um paciente alcançou sua sobriedade. Apesar de ainda não existir o nome Alcoólicos Anônimos, esses três homens constituíram o núcleo do primeiro Grupo de A.A. No outono de 1935, o segundo Grupo foi tomando forma gradualmente em Nova Iorque. O terceiro Grupo iniciou-se em Cleveland, em 1939. Havia-se gasto mais de quatro anos para conseguir 100 alcoólicos sóbrios, nos três Grupos iniciais.
Em princípio de 1939, a Irmandade publicou seu livro de texto básico, Alcoólicos Anônimos. Nesse livro, escrito por Bill, expunha-se a filosofia e os métodos de A.A., a essência dos quais se encontram agora nos bem conhecidos Doze Passos de recuperação. A partir daí, A.A. desenvolveu-se rapidamente.
Também em 1939, o Cleveland Plain Dealer publicou uma série de artigos sobre Alcoólicos Anônimos, seguida por alguns editoriais muito favoráveis. O Grupo de Cleveland, composto por uns 20 membros, logo se viu inundado por incontáveis pedidos de ajuda. Os alcoólicos que chegavam, logo após algumas semanas de sobriedade, eram encarregados de trabalhar com os novos casos. Com isso, deu-se ao movimento uma nova orientação, e os resultados foram fantásticos. Passados poucos meses, o número de membros de Cleveland havia crescido para 500. Pela primeira vez havia evidência de que a sobriedade poderia multiplicar-se, em massa.
Enquanto isso, o Dr. Bob e Bill haviam estabelecido em Nova Iorque, em 1939, uma Junta de Custódios para ocupar-se da administração geral da Irmandade recém-nascida. Alguns amigos de John Rockefeller, Jr. integravam esse conselho, junto com alguns membros de A.A. Deu-se à Junta o nome de Fundação Alcoólica. No entanto, todas as tentativas de se conseguir grandes quantias de dinheiro fracassaram porque o Sr. Rockfeller havia chegado à conclusão prudente de que grandes somas poderiam atrapalhar a nascente Irmandade. Apesar disso, a Fundação conseguiu abrir um pequeno escritório em Nova Iorque, para responder aos pedidos de ajuda e de informações e para distribuir o livro de A.A., um empreendimento, diga-se de passagem, que havia sido financiado principalmente pelos membros de A.A.
O livro e o novo escritório logo se revelaram de grande utilidade. No outono de 1939, a revista Liberty publicou um artigo sobre Alcoólicos Anônimos e, como conseqüência, logo chegaram ao escritório cerca de 800 urgentes pedidos de ajuda. Em 1940, o Sr. Rockfeller organizou um jantar, para dar divulgação à A.A., ao qual convidou muitos de seus eminentes amigos nova-iorquinos. Esse acontecimento suscitou outra onda de pedidos. Cada pedido era respondido com uma carta pessoal e um pequeno folheto. Além disso, fazia-se menção ao livro Alcoólicos Anônimos e logo começou-se a distribuir numerosos exemplares do livro. Ao final do ano, A.A. já tinha 2.000 membros.
Apareceu então, em março de 1941, no Saturday Evening Post, um excelente artigo sobre Alcoólicos Anônimos e a reação foi tremenda. No final daquele ano o número de membros subira a 6.000 e o número de Grupos multiplicara-se proporcionalmente. A Irmandade crescia a passos gigantescos por todas as partes dos EUA/Canadá.
Em 1950, havia no mundo inteiro perto de 100 mil alcoólicos em recuperação. Por mais impressionante que tenha sido esse desenvolvimento, a década de 1940 a 1950 foi de grande incerteza. A questão crucial era se todos aqueles alcoólicos volúveis poderiam viver e trabalhar juntos em seus Grupos. Poderiam manter-se unidos e funcionar com eficácia? Esta pergunta ainda pairava sem resposta. Manter correspondência com milhares de Grupos relativamente a seus problemas particulares chegou a ser um dos principais trabalhos do escritório de Nova Iorque.
Não obstante, no início de 1946, já era possível tirar algumas conclusões bem razoáveis sobre as atitudes, costumes e funções que se ajustariam melhor aos objetivos de A.A. Esses princípios, que haviam surgido a partir das árduas experiências dos Grupos, foram codificadas por Bill, sendo hoje conhecidos pelo nome de As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos. Em 1950, o caos dos anos anteriores quase havia desaparecido. Havia-se conseguido enunciar e por em prática, com êxito, uma fórmula segura para a unidade e o funcionamento de A.A. (Ver a Estrutura de Serviços Gerais dos EUA/Canadá)
Durante essa frenética década, o Dr. Bob dedicava seus esforços ao assunto da hospitalização dos alcoólicos e à tarefa de incutir-lhes os princípios de A.A. Os alcoólicos chegavam em grande número a Akron para obter cuidados médicos no Hospital Saint Thomas, uma instituição administrada pela Igreja Católica. O Dr. Bob se integrou ao corpo médico desse hospital e ele e a irmã Ignatia, também do pessoal do hospital, prestaram cuidados médicos e indicaram o programa a cerca de 5.000 alcoólicos internados. Após a morte do Dr. Bob, em 1950, a irmã Ignatia seguiu trabalhando no Hospital da Caridade, em Cleveland, onde contava com a ajuda dos Grupos de A.A. locais e onde outros 10.000 alcoólicos internados encontraram Alcoólicos Anônimos pela primeira vez. Esse trabalho foi um grande exemplo de boa vontade, que permitiu comprovar que A.A. cooperava eficazmente com a medicina e a religião.
Naquele ano, Alcoólicos Anônimos realizou em Cleveland sua primeira Convenção Internacional. Nessa Convenção o Dr. Bob fez seu último ato perante a Irmandade e, em sua fala de despedida, se deteve na necessidade de se manter simples o programa de A.A. Junto com os outros participantes, ele viu os Delegados aprovarem entusiasmados As Doze Tradições de A.A., para uso permanente da Irmandade em todo o mundo. Faleceu em 16 de novembro de 1950.
No ano seguinte, ocorreu outro acontecimento muito significativo. As atividades do escritório de Nova York haviam sido grandemente ampliadas e passaram a incluir trabalhos de relações públicas, conselhos aos novos Grupos, serviços em hospitais, nas prisões, junto aos Internacionalistas e Solitários e cooperação com outras agências no campo do alcoolismo. O escritório também publicou livros e folhetos "padrão" de A.A. e supervisionava a tradução dessas publicações para outros idiomas. Nossa revista internacional, A.A. Grapevine, já tinha uma grande circulação. Essas atividades, e outras mais, se tornaram indispensáveis para A.A. em sua totalidade.
Não obstante, esses serviços vitais estavam ainda em mãos de uma isolada Junta de Custódios, cujo único vínculo com a Irmandade havia sido Bill e o Dr. Bob. Como os co-fundadores haviam prevista alguns anos atrás, era imperativo vincular os Custódios dos Serviços Mundiais de A.A. (hoje a Junta de Serviços Gerais de A.A.) à Irmandade a qual serviam. Para isso, convocou-se uma reunião de Delegados de todos os estados e províncias dos EUA/Canadá. Assim constituído, esse organismo de serviços mundiais se reuniu pela primeira vez em 1951. Apesar de certa apreensão suscitada pela proposta, a assembléia teve grande êxito. Pela primeira vez, os Custódios, anteriormente isolados, eram diretamente responsáveis perante A.A. na sua totalidade. Havia-se criado a Conferência de Serviços Gerais de A.A. e dessa maneira assegurado o funcionamento global de A.A. para o futuro.
A segunda Convenção Internacional teve lugar em Saint Louis, em 1955, comemorando os 20 anos da Irmandade. Naquela época, a Conferência de Serviços Gerais já havia demonstrado seu real valor. Nessa ocasião, em nome de todos os pioneiros de A.A., Bill transferiu à Conferência e a seus Custódios a futura vigilância e proteção de A.A. Nesse momento a Irmandade tomou posse daquilo que era seu: Alcoólicos Anônimos atingiu sua maioridade.
Se não fosse pela ajuda dos amigos de A.A. nos seus primeiros dias, é provável que Alcoólicos Anônimos nunca tivesse existido. E se não contasse com a multidão de amigos que, desde então, têm contribuído com seu tempo e sua energia - especialmente nossos amigos da medicina, da religião e dos meios de comunicações - A.A. nunca poderia ter crescido e prosperado. A Irmandade expressa sua perene gratidão pela amistosa ajuda.
No dia 24 de janeiro de 1971, Bill faleceu de pneumonia em Miami Beach, Flórida, onde - havia sete meses - pronunciara diante da Convenção Internacional do 35º aniversário suas últimas palavras aos companheiros de A.A.: "Deus os bendiga, a vocês e a Alcoólicos Anônimos, para sempre."
Desde então A.A. se tornou uma Irmandade mundial, demonstrando que a maneira de viver de A.A. hoje pode superar quase todas as barreiras de raça, de credo e de idioma. A Reunião de Serviço Mundial, realizada pela primeira vez em 1969, vem ocorrendo a cada dois anos desde 1972, alternando sua sede entre Nova Iorque e uma cidade de outro pais. Os Delegados à RSM reuniram-se em Londres (Inglaterra); Helsinki (Finlândia); San Juan del Rio (México); Guatemala (Guatemala); Munique (Alemanha) e Cartagena (Colômbia).
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